A Felicidade é possível.

 

“Viver bem é viver intensamente, respeitando-se em primeiro lugar, descartando o que é supérfluo ou superficial”

Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar, cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz… Esta canção me faz pensar que a vida não está aí apenas para ser suportada ou vivida, mas deve ser elaborada e eventualmente reprogramada. Mas que o mínimo seja o máximo que a gente conseguiu fazer consigo mesmo. Somos autores de boa parte das nossas escolhas e omissões, audácia ou acomodação e devemos refletir como empregamos nosso tempo, que deve ser final sempre o tempo presente.

Viver bem é viver intensamente, respeitando-se em primeiro lugar, descartando o que é supérfluo ou superficial e procurar conservar o bom humor em toda e qualquer situação, porque o bom humor além de ser uma qualidade atraente é uma atitude sábia. Não se trata de divertir-se à custa, mas rir de si mesmo na hora certa. Bom humor não significa piadas: é o sorriso afetuoso, o silêncio carinhoso, o colo acolhedor aberto para o outro e para si mesmo.

É abrir um espaço de ternura no cotidiano apressado e difícil, eventualmente cruel, porém sem menosprezar ou banalizar sentimentos. É ter atitude positiva diante da vida, porque a alegria que se transmite no risco e no olhar, alivia e ameniza a possível dor daquele que veio ao seu encontro, seja ele programado ou casual.

E ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza, porque você pode ter defeitos, viver ancioso, enfrentar desafios, incompreensões, períodos de crise, ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça que a vida é o bem mais precioso que você possui, e que vale a pena investir por você e pelas pessoas que fazem parte dela direta ou indiretamente. Reconhece que vale a pena viver com alegria, beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos mesmo que eles nos magoem. Não existem caminhos sem obstáculos, trabalho sem fadiga e relacionamentos sem decepções.

Encontramos em nossa vida, pessoas que pela sua simples existência nos faz um bem enorme, desperta em nós o que temos de melhor, de mais puro e verdadeiro e que por vezes elas nem se dão conta do quanto são importantes para o nosso equilíbrio vital.

Não há manual ensinando a viver bem e melhor, o grande trabalho não é discutir a causa dos problemas, é buscar forças para resolvê-los. O importante é que as pessoas, além de conversar e expor suas dificuldades, acreditem em suas potenciais.

A terapia ajuda nisto. O terapeuta não entra como o especialista do saber, mas como um facilitador de diálogo. Com isso pode-se criar estratégias de convívio muito mais eficientes do que impor uma fórmula.